“Comunicação Não Violenta (CNV) em Família: 5 Passos para Começar Hoje”

  • Aprenda como a Comunicação Não Violenta (CNV) pode transformar a comunicação em sua família. Descubra 5 passos simples para começar a praticar a CNV hoje mesmo e construir relacionamentos mais harmoniosos.

Comunicação Não Violenta (CNV) em Família: 5 Passos para Começar Hoje

Você já se pegou em meio a uma discussão em família em que as palavras saíram do controle e o que era para ser uma conversa acabou em mágoa e ressentimento? 

A comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável, e na família não é diferente. É através dela que expressamos nossas necessidades, compartilhamos afeto e resolvemos conflitos. Mas, muitas vezes, a forma como nos comunicamos pode ser um obstáculo para a construção de conexões verdadeiras. 

É aí que entra a Comunicação Não Violenta (CNV), uma abordagem que nos convida a repensar a maneira como nos expressamos e ouvimos, promovendo a empatia e o entendimento mútuo.

Neste artigo, vamos explorar os princípios da CNV e apresentar 5 passos simples para você começar a praticá-la em família hoje mesmo, transformando a comunicação em sua casa e construindo relacionamentos mais harmoniosos e felizes.

O que é Comunicação Não Violenta (CNV)?

Desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg, a Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem que nos ajuda a nos comunicar com mais clareza, empatia e autenticidade. Ela se baseia na ideia de que todos nós temos necessidades universais e que, por trás de cada comportamento, existe uma tentativa de atender a essas necessidades.

A CNV nos convida a sair do piloto automático das reações impulsivas e a nos conectar com o que realmente importa: nossos sentimentos e necessidades, e os sentimentos e necessidades do outro. Ao invés de julgamentos, críticas e acusações, a CNV propõe uma comunicação baseada na observação, na expressão honesta dos sentimentos, na identificação das necessidades e na formulação de pedidos claros e específicos.

Os 4 Componentes da CNV:

A CNV se estrutura em quatro componentes principais:

  1. Observação: Descrever o que está acontecendo de forma objetiva, sem julgamentos ou interpretações.
  2. Sentimentos: Identificar e expressar os sentimentos que surgem em relação à situação observada.
  3. Necessidades: Reconhecer as necessidades universais que estão por trás dos sentimentos.
  4. Pedido: Formular um pedido claro e específico, que possa contribuir para atender às necessidades identificadas.

5 Passos para Começar a Praticar a CNV em Família Hoje:

Agora que você já conhece os fundamentos da CNV, vamos aos passos práticos para começar a implementá-la em sua família:

Passo 1: Observe Sem Julgar

Em vez de reagir imediatamente a uma situação, pare e observe o que está acontecendo de forma neutra. Descreva os fatos sem adicionar sua interpretação ou julgamento.

  • Em vez de dizer: “Você está sempre bagunçando seu quarto!”
  • Tente dizer: “Eu vejo que há roupas espalhadas pelo chão do seu quarto e os brinquedos estão fora da caixa.”

Passo 2: Identifique e Expresse Seus Sentimentos

Conecte-se com seus sentimentos e os expresse de forma honesta e vulnerável. Use “eu sinto” em vez de “você me faz sentir”.

  • Em vez de dizer: “Você me irrita quando não me ouve!”
  • Tente dizer: “Eu me sinto frustrada e desrespeitada quando falo e percebo que você não está prestando atenção.”

Passo 3: Reconheça as Necessidades por Trás dos Sentimentos

Pergunte-se: “Qual é a minha necessidade que não está sendo atendida nessa situação?”. Lembre-se das necessidades humanas universais, como respeito, conexão, autonomia, ordem, etc.

  • Exemplo: “Eu preciso de cooperação e ordem para me sentir tranquila em casa.”

Passo 4: Faça Pedidos Claros e Específicos (e não exigências!)

Formule um pedido que seja claro, específico, positivo e realizável. Um pedido é diferente de uma exigência. Dê ao outro a liberdade de escolher atender ou não ao seu pedido.

  • Em vez de dizer: “Você precisa arrumar seu quarto agora!”
  • Tente dizer: “Você poderia, por favor, guardar suas roupas e colocar os brinquedos na caixa agora? Isso me ajudaria a me sentir mais tranquila.”

Passo 5: Pratique a Escuta Empática

Coloque-se no lugar do outro e tente compreender seus sentimentos e necessidades. Ouça com atenção, sem interromper ou julgar. Faça perguntas abertas para entender melhor a perspectiva do outro.

  • Exemplo: “O que você está sentindo?”, “O que você precisa?”, “Como posso te ajudar?”

Conclusão:

A Comunicação Não Violenta é uma ferramenta poderosa para transformar os relacionamentos familiares. Ao praticar os 5 passos descritos neste artigo, você estará no caminho para construir uma comunicação mais autêntica, empática e eficaz em sua casa. Lembre-se de que a CNV é um processo de aprendizado contínuo. Seja paciente consigo mesmo e com sua família. Com a prática, a comunicação em seu lar se tornará mais fluida, os conflitos serão resolvidos de forma mais pacífica e os laços familiares serão fortalecidos.

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Bibliografia consultada:

Marshall Rosenberg: O criador da Comunicação Não Violenta. Seus livros são a principal fonte de informação sobre a CNV.

  • Livro Principal:
    • Rosenberg, M. B. (2015). Comunicação não-violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Editora Ágora. (Edição em português)

2. Center for Nonviolent Communication (CNVC): Organização internacional fundada por Marshall Rosenberg, dedicada a disseminar a prática da CNV pelo mundo.

  • Site Oficial: https://www.cnvc.org/ (em inglês) – Aqui você encontra uma vasta gama de recursos, artigos, vídeos e informações sobre treinamento em CNV.

3. Outras Fontes Relevantes sobre Parentalidade Consciente e Positiva (embora não citadas diretamente no artigo, influenciam a abordagem):

  • Siegel, D. J., & Bryson, T. P. (2011). The Whole-Brain Child: 12 Revolutionary Strategies 1 to Nurture Your Child’s Developing Mind. New York: Delacorte Press. – Um livro que aborda o desenvolvimento infantil e a parentalidade com base na neurociência.   1. www.artitout.comwww.artitout.com
  • Nelsen, J. (2006). Positive Discipline. New York: Ballantine Books. – Um livro clássico sobre Disciplina Positiva.
  • Faber, A., & Mazlish, E. (2012). How to Talk So Kids Will Listen & Listen So Kids Will Talk. New York: Scribner. – Um guia prático sobre comunicação eficaz entre pais e filhos.
  • Markham, L. (2012). Peaceful Parent, Happy Kids: How to Stop Yelling and Start Connecting. New York: Perigee. – Um livro que foca em parentalidade pacífica e conexão emocional.

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